Lentes embaçadas

Às vezes a gente fala do estado de nossa mente achando que está falando do mundo; raramente se consegue a ombridade ética do comedimento. 

Para falar do mundo, usamos dados, esmiuçamos notícias, consideramos o contraditório, o mérito da expressão do outro, o Direito, sempre impessoalmente, embora as preferências pessoais estejam presentes…

Ou seja, falar do mundo é dificílimo, dá trabalho. Porém, para falar da mente, basta a frustração, o rancor, o preconceito. O catastrófico é que a rede social esta cheia de frustrados. Gente que acusa o “mundo turvo” , quando no fundo a turbidez vem é de seus óculos sujos. •

Prisioneiros da Liberdade

Essa vontade absurda de “mudar” o quadro de injustiças à nossa volta esbarra no entorpecimento daqueles que se acomodam num Mundo proporcional ao tamanho de seus modestos sonhos. Aqueles que se expandem no gosto duvidoso, na crença irrefletida, na alienação política… eles apenas buscam uma forma agrável de continuar pequenos, para não precisar reformar seu casulo de ilusões e descobrir que de fato são prisioneiros da liberdade.

É necessária uma nova consciência. Um novo despertamento da humanidade. A visão holística da Natureza, um tema da Ecologia, precisa inclusive incluir o homem nas metas de preservação e restauração. O progresso precisa “voltar” para apanhar os seres que ele deixou pelo caminho. E o que os visionários da Ecologia Humana devem ter em mente e em prática é que o consumismo, no mais amplo sentido, é o vento que desfolha nossos sonhos de justiça e sustentabilidade.